Ginásio Pernambucano
Professor Rodrigo Correia
Conceitos básicos da Ciência Geográfica
HISTÓRIA DA GEOGRAFIA
Desde de a Pré-História, as sociedades humanas em seus deslocamentos sobre a superfície da Terra muito tem contribuído para a elaboração da ciência geográfica. Inicialmente retratando no interior das cavernas onde habitavam paisagens e relatos sobre o que viam durante seus deslocamentos sobre o espaço, suas conquistas e suas modificações sobre o espaço.
Com o surgimento da escrita, na Antiguidade oriental, foi possível pela primeira vez fazer registros mais bem elaborados de conhecimentos geográficos como, por exemplo, a periodicidades das cheias do rio Nilo para que os antigos egípcios pudessem aproveitar as suas margens fertilizadas, a distinção e posicionamento entre as estrelas, planetas e demais astros elaborados pelos assírios e caldeus etc. Acontece que até este momento não podemos denominar estes conhecimentos acerca da superfície terrestre como Geografia. Coube aos gregos na Antiguidade clássica coletar, sintetizar, ou seja, dar um arcabouço sistematizado a estes conhecimentos sobre a natureza e o espaço, construído e transmitidos por diversos povos.
Na Antiguidade clássica grega, destacam-se: Teofrasto discípulo de Aristóteles que escreveu a história das plantas relacionando-as ao clima; Cláudio Ptolomeu que criou o sistema Geocêntrico; Aristóteles quem primeiro conceituou a Terra como tendo a forma esférica e principalmente Strabo denominado pai da Geografia Regional que escreveu uma vasta obra de 17 volumes – Geographicae em que descrevia suas próprias experiências do mundo (da Galícia e Bretanha para a Índia e do Mar Negro à Etiópia).
Os romanos em seu processo expansionista também muito contribuíram para acrescentar novos conhecimentos a ciência geográfica. A partir da anexação de novas áreas, novas paisagens, conhecimentos históricos, culturais, sociais e filosóficos passam a ser conhecidos e incluídos no rol do conhecimento geográfico.
Com a queda de Roma, são os árabes que se tornam herdeiros e preservadores da cultura clássica grega. Motivados pelas suas viagens comerciais, esse povo desenvolve um excelente sistema de orientação e de mapas onde o Leste e o Norte aparecem como referencial, porém a mais importante contribuição dos árabes foi ter preservado e traduzido do grego para o idioma árabe parte do vasto acervo cultural da Antiguidade clássica grega, propiciando a recuperação e um certo aprofundamento do estudo da Geografia.
No inicio da Idade Moderna, quando a sociedade européia passa a resgatar a cultura grego-romana rompendo de vez com o Teocentrísmo, passando a valorizar o Homem (Antropocentrismo), é que as ciências (incluindo a Geografia) novamente passam a ser resgatada e a desenvolverem-se. Como exemplos sublimares desse período de resgate temos a utilização da bússola trazida do oriente pelas caravanas de comércio européias, a “descoberta” do movimento de rotação da Terra, por Galileu Galilei, a evolução da Lei da Mecânica Celeste de Kepler e a formulação da Lei da Gravitação Universal por Isaac Newton.
As navegações como as de Bartolomeu Dias e Cristóvão Colombo permitiram novas e mais precisas descrições geográficas e cartográficas, e a circunavegação realizada pelo português Fernão de Magalhães terminou por confirmar a esfericidade do planeta.
A Idade Contemporânea recria o mundo de acordo com o conceito capitalista de produção. O desenvolvimento de novas tecnologias proporcionam novas formas de relações sociais nas quais, o pensamento humano passa a ser fragmentado, e de trabalho que passa a ser dividido socialmente.
No campo do saber, surgem em resposta a esta divisão social do trabalho e à fragmentação do pensamento humano, várias ciências autônomas, como a Biologia, a Sociologia, a Economia e a Geografia, posto que o capitalismo industrial pede novas formas de trabalho (braçal ou intelectual) cada vez mais mais organizadas por especialização. Até o momento não se tem conta da existência de geógrafos, historiadores, biólogos, economistas ou sociólogos. Existiam pensadores, sábios que emitiam conceitos e opiniões acerca de todos os ramos de saber.
Nesse momento , a Geografia surge como uma verdadeira ciência e toma-se como marco, os estudos e obras do geógrafo alemão Alexandre Von Humboldt, que estabeleceu as suas primeiras bases cientificas e é considerado por muitos como pai da Geografia.
BASES DA GEOGRAFIA
Alexandre Von Humboldt
Geógrafo, naturalista e explorador alemão, foi o primeiro a sistematizar e a inter-relacionar os conhecimentos de climas, solos e vegetações, traçando a partir destes dados o panorama das paisagens vegetais da Terra. Viajou por quase toda a América Latina, inclusive pela Amazônia, Europa e Sibéria. Destas viagens e dos materiais coletados, resultou numa vastíssima obra de 23 volumes. Sua principal obra escrita foi “Kosmos”, uma tentativa abrangente de descrever o universo como um todo e mostrar que tudo era inter-relacionado.
Karl Ritter
Geógrafo alemão, fundador da moderna ciência geográfica, advoga a utilização de todas as ciências para o estudo da Geografia. Seus trabalhos mostram ao mundo o princípio da relação entre a natureza e as sociedades humanas, e o mais importante deles é a “Die Erdkunde” (Ciência da Terra, 19 volumes), em que enfatizava a influência dos fenômenos físicos na atividade humana.
Friedrich Ratzel
Etnólogo e geógrafo alemão, fundador da Geografia Política Moderna ou Geopolítica, aborda o estudo da influência do ambiente na política de uma nação ou sociedade.
Constrói o conceito do “espaço vivo” (Lebensraum) que se encarrega de analisar as relações dos grupos humanos com os espaços do seu ambiente. Funda a ESCOLA DETERMINISTA que prega o Meio como fator determinante para as condições de desenvolvimento do homem e das sociedades. Quase meio século após morrer seu conceito de “espaço vivo” é utilizado pelo Partido Nacional Socialista (Nazista) para justificar a expansão germânica e a anexação de territórios na Europa pouco antes da eclosão da Segunda Grande Guerra Mundial.
Paul Vidal de La Blache
Criador da ESCOLA POSSIBILISTA, Francesa ou Escola Regional, que se apresenta como uma oposição a Escola Determinista. Baseia – se na idéia de que o homem poderia receber influência do meio, mas esta não seria determinante no seu processo de desenvolvimento, visto que o homem pode utilizar o meio de diversas formas, adaptando – o, criando imensas possibilidades que favorecem a vida da sociedade.
ESCOLA E CORRENTES DA GEOGRAFIA
Escola Determinista ou Alemã
Criada e desenvolvida por Friedrich Ratzel, fundamenta-se no conceito de que o espaço natural é determinante na formação do Homem e na organização das diferentes sociedades.
Escola Possibilista ou Francesa
Criada por Paul Vidal de La Blache, foi desenvolvida como oposição à escola Determinista. Fundamenta-se na idéia de que a natureza exerce influência sobre o Homem, mas este escolhe e modifica os diferentes espaços de acordo com suas necessidades.
Nova Geografia ou New Geography
Surge após a Segunda Guerra Mundial, com o avanço de técnicas como a computação, a eletrônica e a cartografia. A Geografia passa a atuar muito no planejamento com a utilização de gráficos, tabelas e a sistematização de dados.
Geografia Crítica
Surge na década de 1970, fundamentada no materialismo histórico e dialético. É em si uma forma revolucionária de ver e fazer Geografia. Segundo esta corrente, o espaço é construído como resultado da intensificação das contradições sociais.
PRINCÍPIOS E MÉTODOS GEOGRÁFICOS
Princípio da Extensão
Formulado por Friedrich Ratzel, fundamenta-se na localização e delimitação do espaço ou fato geográfico.
Princípio da Analogia ou Geografia Geral
Formulado por Karl Ritter e Paul Vidal de La Blache, baseia-se em um trabalho de comparação entre características das áreas estudadas.
Princípio da Causalidade
Formulado por Alexandre Von Humboldt, baseia-se na explicação da origem e evolução das paisagens estudadas.
Princípio da Atividade
Formulado por Jean Brunhes, a paisagens estudada é encarada como sendo de caráter dinâmico e está em constante mutação.
Princípio da Conexidade
Também formulada por Jean Brunhes, será feito a partir do fato estudado a inter-relação e conexão com outros fatos.
ÁREAS DE ESTUDOS DA GEOGRAFIA
Geomorfologia – estudo do relevo.
Climatologia – estudo do clima.
Hidrografia – estudo da superfície liquida do Planeta.
Biogeografia – estudo da distribuição da vida no Planeta.
Geografia da População
Geografia Econômica (Geografia Agrária e Geografia Industrial)
Geografia Cultural
Geografia Urbana
Geografia Política
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Raciocínio Lógico
Lenildo, palavra cruzada, 1°, 55
Breno, relatório, 3°, 48
Nilo, dormino, 4°, 50
Marcelo, Revista, 2°, 60
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Lista de dicionários de Inglês
Olá pessoal,aqui estão algumas sujestões de dicionários de Inglês:
1. Michaelis, Ed. Melhoramentos;
2.Longman English Dictionary;
3.Oxford dictionary;
4.Webster American Dictionary.
Estes são os mais completos,ok folk!!!
Josiane.
1. Michaelis, Ed. Melhoramentos;
2.Longman English Dictionary;
3.Oxford dictionary;
4.Webster American Dictionary.
Estes são os mais completos,ok folk!!!
Josiane.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Para pensar...
Este final de semana teve mais uma vítima da violência urbana que assusta os moradores do Recife. A morte do estudante universitário Alcides (1° lugar do vestibular de 2007 de biomedicina), estudante vindo de escola pública, que tinha um futuro brilhante que provavelmente faria a diferencial.
Diante de um fato de um ato de tanta violência nos perguntamos: O que pode ser feito para mudar essa situação? Parece que impossível encontrar um solução. Porém, eu acredito que a solução está na educação.
E quando eu falo em educação eu falo nessa via de mão dupla onde educadores e educandos assume o compromisso de formar e torna-se cidadãos éticos, solidários, cumpridores dos seus deveres e conscientes dos seus direitos. São esses cidadãos críticos que farão uma sociedade melhor.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
DA ALQUIMIA À QUÍMICA
Conceito de Química
Química (do egípcio kēme (chem), significando "terra") é a ciência que trata das substâncias da natureza, dos elementos que a constituem, de suas características, propriedades combinatórias, processos de obtenção, suas aplicações e sua identificação. Estuda a maneira pela qual os elementos se ligam e reagem entre si, bem como a energia desprendida ou absorvida durante estas transformações.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Pensamento do dia
" Ninguém ignora tudo.
Ninguém sabe tudo.
Todos nós sabemos alguma coisa.
Todos nós ignoramos alguma coisa.
Por isso aprendemos sempre."
Paulo Freire
Ninguém sabe tudo.
Todos nós sabemos alguma coisa.
Todos nós ignoramos alguma coisa.
Por isso aprendemos sempre."
Paulo Freire
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Fábula indiana dos cegos e o elefante
Certo dia, um príncipe indiano mandou chamar um grupo de cegos de nascença e os reuniu no pátio do palácio. Ao mesmo tempo, mandou trazer um elefante e o colocou diante do grupo.
Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas...
Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos outro como era um elefante.
Então, o que tinha apalpado a barriga disse que o elefante era como uma enorme panela. O que tinha apalpado a cauda até os pelos da extremidade, discordou e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura.
“Nada disso” interrompeu o que tinha apalpado a orelha. “Se ele se parece com alguma coisa é com um grande leque aberto”.
O que apalpara a tromba deu uma risada e interferiu:
“Vocês estão por fora. O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira de água...”
“Essa não”, replicou o que apalpara a perna, “ele é redondo como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem flexibilidade, é rígido como um poste...”
Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados, e que o certo era o que ele dizia. Evidentemente cada um se apoiava em sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam.
O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que calassem.
“O elefante é tudo isso que vocês falaram, explicou. Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só mais uma parte do elefante. Não devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as experiências de todos e tentar imaginar como a parte que cada uma apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante”.
Moral da estória:
A sua experiência das coisas em relação à dos outros é limitada. Por isso, a sensatez nos obriga a levar em conta também as experiências dos outros para se chegar a uma síntese.
A pessoa, o ser humano, apresenta muitas facetas. Existe o risco de polarizar a atenção em alguma delas, ignorando o resto. Fazendo isso, estaríamos repetindo os cegos da parábola. Cada um ficaria com uma visão unilateral e parcial.
Para obtermos uma visão o mais integral do que é uma pessoa, devemos reunir, numa unidade, os numerosos aspectos que podem ser observados no ser humano. É o devemos tentar fazer, ciente, porém, de que uma visão completa, como diria o príncipe indiano, é sempre impossível.
Em seguida, conduzindo-os pela mão, foi levando os cegos até o elefante para que o apalpassem. Um apalpava a barriga, outro a cauda, outro a orelha, outro a tromba, outro uma das pernas...
Quando todos os cegos tinham apalpado o paquiderme, o príncipe ordenou que cada um explicasse aos outro como era um elefante.
Então, o que tinha apalpado a barriga disse que o elefante era como uma enorme panela. O que tinha apalpado a cauda até os pelos da extremidade, discordou e disse que o elefante se parecia mais com uma vassoura.
“Nada disso” interrompeu o que tinha apalpado a orelha. “Se ele se parece com alguma coisa é com um grande leque aberto”.
O que apalpara a tromba deu uma risada e interferiu:
“Vocês estão por fora. O elefante tem a forma, as ondulações e a flexibilidade de uma mangueira de água...”
“Essa não”, replicou o que apalpara a perna, “ele é redondo como uma grande mangueira, mas não tem nada de ondulações nem flexibilidade, é rígido como um poste...”
Os cegos se envolveram numa discussão sem fim, cada um querendo provar que os outros estavam errados, e que o certo era o que ele dizia. Evidentemente cada um se apoiava em sua própria experiência e não conseguia entender como os demais podiam afirmar o que afirmavam.
O príncipe deixou-os falar para ver se chegavam a um acordo, mas quando percebeu que eram incapazes de aceitar que os outros podiam ter tido outras experiências, ordenou que calassem.
“O elefante é tudo isso que vocês falaram, explicou. Tudo isso que cada um de vocês percebeu é só mais uma parte do elefante. Não devem negar o que os outros perceberam. Deveriam juntar as experiências de todos e tentar imaginar como a parte que cada uma apalpou se une com as outras para formar esse todo que é o elefante”.
Moral da estória:
A sua experiência das coisas em relação à dos outros é limitada. Por isso, a sensatez nos obriga a levar em conta também as experiências dos outros para se chegar a uma síntese.
A pessoa, o ser humano, apresenta muitas facetas. Existe o risco de polarizar a atenção em alguma delas, ignorando o resto. Fazendo isso, estaríamos repetindo os cegos da parábola. Cada um ficaria com uma visão unilateral e parcial.
Para obtermos uma visão o mais integral do que é uma pessoa, devemos reunir, numa unidade, os numerosos aspectos que podem ser observados no ser humano. É o devemos tentar fazer, ciente, porém, de que uma visão completa, como diria o príncipe indiano, é sempre impossível.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Pensamento
"A boa educação não é aquela que o educando faz o que quer, mas é aquela que ele quer o que faz."
Edouard Claparède
Edouard Claparède
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